segunda-feira, 23 de maio de 2011

Aprendendo a voar

Nunca se quer imaginei que ficaria tão orgulhosa diante de um filme. Talvez seja por eu ser doente por animações, desenhos, ou talvez apenas pelo fato de ser o filme mais brasileiro que já vi. Rio é a tradução de todos os sotaques juntos batidos com açaí e temperados com dendê. Nunca fui tão nacionalista em respeito a minha terra natal, em geral era mais com minha terra sanguínea, la dulce españa, mas agora... Aí agora! Agora parece que nasci de novo, sinto-me como se acabássemos de ganhar a copa do mundo; Aquele sentimento que só vinha uma vez a cada quatro anos.
 Daqueles filminhos que todo mundo fica feliz no final, como crianças vidradas na tela torcendo pelas duas araras azuis em mais um caso de amor hollywoodiano. É o ápice do brasileirismo: o tráfico de animais, o carnaval, a natureza, a favela, as cores, música! É uma viagem cinematográfica. São coisas do gênero que me fazem feliz, sim! como uma ridícula menininha retardada mas, eu simplesmente amei! Eu simplesmente aprendi a voar com Blue. Não tem como descrever, apenas uma coisa a dizer: Quem não viu, veja, porque você não é um avestruz.

domingo, 15 de maio de 2011

Descompasso

Não me sinto bem e não sei explicar por quê. sozinha, sufocada, vazia. Dói, sem que eu possa saber de onde vem a dor. A solidão é um dos sentimentos mais frios que existem. Da janela vejo pessoas, todas juntas, e eu ainda aqui. Nada faz muito sentido agora. Eu só queria dormir, mas isso é outra coisa que também não sei fazer. Sim! Eu não sei dormir ou até saiba mas, o problema é saber se eu realmente quero. Querer não é muito meu forte, as vezes eu até quero as coisas, só preciso descobrir isso. Acho que meu problema é a certeza. Nunca sei de nada, nada mesmo, nem sobre mim mesma. Você sabe onde está e para onde têm que ir e ainda sim se sente perdida. Os caminhos não me passam confiança e eu sinto que tudo está cada vez mais distante. Tenho medo, mas também não sei do que. Talvez seja de tudo, ou talvez de nada. Eu nunca soube, e olha que faz um tempo que ele está por aqui. Eu já estive aqui e ainda ouço a voz que me diz pra voltar. Voltar não é muito o meu forte, tenho problemas em voltar. Problemas, todos os problemas. Se fosse possível juntar todos eles acho que não caberiam nesse mundo. E eu, como sempre, tenho uma grande parte deles. O ser humano dos mais sem sortes do mundo. Confusão. O problema é que sempre está muito perto da razão. Me perco no ilusório, não posso me segurar, tenho medo de cair. O universo me fascina mais ainda não consegui dar o primeiro passo. A escuridão me sufoca, abraça, me leva daqui. Não sei para onde vou, ou talvez saiba, ou talvez eu não queira saber mesmo. Querer, saber, ficar, mudar. Durmo mas sei que quando acordar tudo isso ainda vai estar aqui, e então meu plano de fuga fracassa outra vez. Tudo outra vez, não aguento essa repetição deprimente.
Gritar, eu tenho direito ao grito! Gritaria se pudesse. Poder eu posso, o problema é que ninguém ouve, ou quem houve está longe demais para perceber. Todo mundo olha, mas poucos veem.