quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Passatempo, tempo passa

Dessa vez não estive por muito longe. Foi muito tempo mas nada de distância. Fiquei por aqui, encarando a minha vida enquanto ela me encarava. Buscando respostas onde as perguntas já não valiam o tempo que se perdia. Ah o tempo, tempo que não se sacia dos anos e consome todos que passam. E aqui continuamos, ainda me sinto travada, amarrada, completamente estática diante dos acontecimentos. Me deram três meses e hoje parei para procurá-los e infelizmente não faço ideia de onde estejam. Perdi uma semana vendo um seriado sem conteúdo mas ganhei duas assistindo um apaixonante. Gastei algumas horas lendo, outras estudando, várias na internet mas mesmo assim nunca pareceu tanto. Dizemos estarmos felizes com a vida que levamos mas na maioria das vezes eu me vejo cercada por desperdícios de tempo. E quem não acredita que poderíamos ter sido mais felizes, ter ficado mais naquele lugar, conversado mais, vivido mais. A verdade é que viver tem um preço alto e o tempo é cruel em cobrá-lo. Não há como impedir, não tem como segurar a única coisa a fazer é correr enquanto conseguir, ou deixar que a maré o leve. O gelo derrete, o suco esquenta, o café esfria. Tempo, o verdadeiro senhor da vida. Poderoso controlador de tudo. Somos pobres fantoches dançando a dança lenta e gradativa que já estava escrita antes de pensarmos em viver. As crianças cresceram, o amor acabou, as flores murcharam, lá se foram outras tantas primaveras. A vida é curta pra quem vive demais sem saber o que viveu, e longa demais para quem viveu pouco e viveu tudo.