terça-feira, 31 de dezembro de 2013

É que eu ando com saudades da vida que eu não vivi.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Dois mil e treze.

Além de toda e qualquer numerologia que possa trazer, esse ano, foi o ano mais singular que eu já vivi. Em todo e qualquer aspecto, longe de azar, ano do dragão e retrospectivas de todos os tipos. Eu entrei em 2013 de dourado e nunca imaginei ou acreditei a quantidade de luz que isso poderia me trazer. Ano do tudo ou nada. Período em que eu finalmente me senti no controle da minha vida e consegui olhar pra frente vendo apenas as coisas que me interessavam. Aprendi tanta coisa, mas tanta coisa mesmo que nem se eu tivesse tempo e paciência pra isso não seria capaz de enumerá-las aqui. Me dei conta que minha solidão é algo meu e não existe nada que eu possa fazer pra tirá-la daqui, por mais que eu já tenha tentado. Percebi que não posso ter todos os amigos do mundo mas que eu tenho os melhores possíveis e finalmente aprendi que a vida é curta mas também é simples e totalmente maleável, só levamos conosco o que realmente queremos. Não, eu não vou me estressar, prometi isso a mim mesma. 2013 foi um ano de zero a cem em doze segundos, ou melhor, meses. Tanta tristeza e tantas realizações em um único período de 365 dias. Ano no qual eu fui obrigada a sentir as despedidas se aproximando, sentir toda a frieza delas apertando o meu coração e mesmo assim segurei todas as lágrimas. Ano em que eu percebi que estava feliz e acima de qualquer coisa, que eu sou feliz independente de todas as outras. Eu cresci tanto, aprendi tanta coisa. Finalmente fiz minha primeira tatuagem. Conheci gente e lugares que eu nunca imaginei. Deixei me permitir, é clichê mas foi exatamente o que aconteceu. Foi nesse ano que realmente aconteceu, eu olhei para os lados e tinha a certeza de que é isso que eu quero, essa é a minha vida, e o quão maravilhosa que ela foi, é e sempre será. Tive que me despedir de tantas outras coisas. Mas também encontrei e conheci todas as outras. E tudo que posso concluir é o quanto quero que esse ano se repita todas as vezes que forem possíveis. Foi difícil mas também foi o mais bonito que poderia ser e que tipo de tola eu seria se não quisesse tudo de volta? 
Não sei falar do catorze. O pouco que sei é que já briguei feio com uma babá que insistia para que eu completasse o meu dever de casa com quatroze e não catorze mas, tudo que eu quero é que as coisas continuem caminhando assim, nesse compasso, lento e ritmado, deixando que a vida me leve da maneira mais proveitosa que poderia ser. 

sábado, 7 de dezembro de 2013

Sobre excessos

Eu e esse meu incrível dom de exagerar. De ir sempre ao extremo, fazer tudo demasiadamente exagerado. Me preocupar demais com as pessoas, com as coisas, com tudo. Eu e meu dom de quebrar minhas próprias promessas. Eu prometi que não perderia o controle. Prometi me controlar, parar com essa de mais e mais. Percebi que tudo que era de mais fazia mal, e consequentemente mais mal do que deveria. Deve ser um dom mesmo. Loucura minha, quem sabe. Talvez seja isso mesmo que nasci pra fazer: me perder no meio do muito. Quem sabe seja isso a perfeição do excesso. Ele esgota, vive todas as possibilidades. Não é o fato de gostar de excessos que me chateia, é justamente quando percebo que isso é um dom meu. Sei que muito provavelmente existirão várias outras pessoas que sofram desse mal mas elas devem estar longe. Tentando e provavelmente conseguindo lidar com isso muito melhor do que eu. As pessoas que estão ao meu redor não têm esse problema e eu acabo de conseguir nomear isso como deveria ser: um problema. Chega de passar raiva com coisas desnecessárias. Se as pessoas não se preocupam porque eu vou me gastar? Eu sei que é mania, e que é totalmente destrutiva mas estou me prometendo, mesmo que pela segunda vez, parar com isso. Chega das coisas. Chega de pessoas. Chega de tudo. A única coisa que preciso me preocupar é comigo mesma e com a minha torta vida. Vou tentar ser normal pelo menos uma vez, quem sabe assim dê certo. 


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Diagnóstico

Algumas coisa que das quais pessoas não sabem: as pessoas não são como parecem ser. Eu já fui fútil o suficiente com mais caras do que eu possa lembrar o nome, mas eu sei quando as coisas não seguem esse caminho. Eu nunca andei por aqui, o mais perto que eu cheguei dessa felicidade doce hoje, pra mim, nunca passou de uma grande mentira. Se for pra acontecer, que seja perfeito, assim como eu planejei desde o começo. Me conquiste. Faça-me acreditar que todo esse sofrimento vai valer a pena. Eu não conseguiria dizer outra coisa a não ser sofrimento, me perdoe. Eu sei que não tenho colaborado, e assim continuarei  por muito tempo. Se fosse passível de explicação eu explicaria, mas não faz sentido, nem pra mim. Eu já passei por muita coisa errada na vida e poucas pessoas sabem disso. E o caminho o qual você me sugere foi o mesmo que me levou pra lá. Não queria me tornar só mais uma pessoa frígida no mundo, que morre de medo do amor mas, infelizmente eu sou assim e simplesmente não consigo me deixar cair na dança novamente, não assim, do nada, roubando a cena. Eu já tinha me decidido da minha vida em geral: Eu terminaria a faculdade e em pouco mais de um ano e eu estaria em qualquer capital, correndo atrás de tudo que eu sempre planejei. Não me sinto confortável para abandonar isso. Não quero me dar ao luxo de correr o risco de ter que mudar qualquer coisa nesse meio tempo e simplesmente me sinto incapaz de te pedir, em qualquer hipótese que isso aconteça. Na verdade é isso mesmo. Eu penso tanto em tudo que pode vir a acontecer que eu simplesmente não consigo vivenciar essas possibilidades. São muitas, caminhos e mais caminhos diferentes. Eu já perdi o controle da minha vida uma vez e deu tão errado que eu não posso me dar nem a possibilidade que isso aconteça em algum momento. Sim, eu tenho medo de tudo e qualquer coisa que possa dar errado mas, esse medo é tão grande que eu não posso correr o risco de que ele exista. .Sim, eu prego e pratico o desapego mas, também acredito no amor e torço do fundo da minha alma para que em algum momento ele aconteça. Mas, por favor, não agora. Não assim, não em uma roda de amigos. Que não aconteça fora do que eu tenho planejado. Que não tome o controle da minha vida. Sinto como se pela primeira vez eu tivesse entendido tudo e tivesse controle dela então por favor não me tire essa estabilidade. Eu gosto de saber o que vai acontecer amanhã só que só pra mim, na minha vida. Simplesmente não poderia ver alguém sofrer por minha culpa, e eu também não quero ter essa chance em mim. Não agora, não assim. 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O nascer do sol

Ah amor, quem diria que aqui estivéssemos cara a cara novamente. Eu supliquei para que esse dia não voltasse. E eu nem quero te assustar mas, é que já passei por esse caminho uma vez e sei que uma curva errada e me perco numa imensidão cinza chumbo que pesa no peito e sufoca a alma. Não é preciso ir longe, basta estar sozinho. Eu sei que sou pessimista e assim tenho agido mas tente me entender, as coisas não costumam dar certo, pelo menos não comigo. Eu já achei um milhão de defeitos em algo que nem existe ainda e quem sabe que realmente seja verdade que eu só achei porque os procurava. Qualquer falsete que me tirasse dessa ideia. Qualquer loucura que me trouxesse de volta a realidade. Eu não quero voltar pra lá. Paraíso encantado dos que amam. Acho que gostei mais daqui. As coisas aqui acontecem mais, de forma mais concreta. A perfeição aqui é a lenda, historinha contata para os humanos afim de fazê-los trabalhar por toda a vida atrás de algo praticamente impossível. Perfeição é ser feliz e estar feliz e concluí que dificilmente conseguirei chegar à ela sozinha. Por favor, não se assuste com os meus sustos. Infelizmente minhas lágrimas me fizeram demasiadamente astuta. Não, eu não quero flores, cartões, e outras coisas melódicas que possam vir. Quero apenas que as coisas aconteçam. Não é questão de sorte, é só deixar ser. A maioria das coisas bonitas do mundo acontecem constantemente sem que nós olhemos para elas. São independentes e nos fazem ser. Eu não quero alguém que me leve para os lugares e me apresente como um troféu. Quero apenas você, me olhando tímido. Quero nosso sorriso sincronizado, aquele que parecia que nasceu para estar ali. Quero o frio na barriga de volta e as pernas bambas como se não aguentasse o peso em mim. Quero que o dia amanheça lento, silencioso, da mesma forma que você entrou na minha vida.