quinta-feira, 24 de julho de 2014

Alto mar

Ela vem sempre calma, e aumenta até você não poder carregar. Pessoas que já visitaram os mesmos lugares que eu, devem saber o quão sufocante uma vida sob os ombros se torna. Eu perco o controle fácil e quando percebo estou indo de frente a uma parede bem grossa de ferro e cimento. Não é do tipo de coisa que podemos prever, a gente apenas se perde pelo caminho lindo que a vida te traz, e, quando damos por si estamos em queda livre. Despencando no ápice da palavra. Um dos passos mais importantes para se viver é entender que é a vida quem te controla e não o contrário. Como não deixar que isso saia do controle? Prometo que volto a lhe escrever quando souber sobre isso. Em certos momentos é meio impossível continuar remando. Você apenas para à deriva e deixa que a vida te leve, porque se afundar mais dois centímetros é afogamento. Nada faz sentido e você percebe que é necessário criar um novo sentido. Ninguém disse que a travessia seria segura. Nem ao menos me disseram se é possível mudar de barco durante o trajeto. E se tudo se resumisse em abraçar alguém que lhe faz bem por cinco minutos? Em vários momentos um abraço pára toda uma tempestade. Eu gostaria que toda a água que corresse meu rosto fosse salgada de mar, não de choro e, mesmo quando for necessário chorar que seja por alguma dor, e não por esse vazio frio que gela a alma e atormenta. Até as rochas mais altas viram areia em algum momento e os faróis não se acendem já tem algum tempo. 


quinta-feira, 3 de julho de 2014

Somos da mesma família

É, não é a temática do blog mas eu já abri a excessão uma vez e realmente achei necessário fazê-la novamente. Pois é, finalmente eu assisti Rio 2 quer dizer, assistir não é uma boa palavra, me maravilhei! Não é possível descrever essa obra de outra forma. Sim, é uma animação mas quando você consegue sentir orgulho das cenas que se passam em frente os seus olhos é sinal de que o mundo precisa saber disso também. Blue agora sabe voar e tem mais do que o ar correndo pelas asas, a família cresceu e três lindos herdeiros nascidos do amor com Jade prometem aprontar várias. Após descobrir sobre a possibilidade de que eles não são os únicos da espécie, a família azul juntamente com seus amigos, resolve visitar a Amazônia. Uma aventura repleta de emoção e cores, tudo feito com o toque brasileiro em cada detalhe. É possível se enxergar viajando junto com as passagens por algumas cidades brasileiras e principalmente na selva amazônica com toda sua exuberância em cores. Seguindo o padrão do primeiro filme, onde o vilão traficava animais, Blue agora precisa lutar contra a maldade do desmatamento ilegal. Impossível não se emocionar com a disputa entre as araras azuis e vermelhas que lembram muito a tradicional disputa entre os bois-bumbás Garantido e Caprichoso de Parintins que, além de ser um espetáculo a parte, a "disputa" ainda é feita através de um futebol maroto, pra dar aquela abrasileirada bonita de se ver. O sotaque, gírias, cores e musicalidade trabalham em perfeita harmonia em cada cena. É lindo, é Brasil. Eu tenho muito orgulho de saber que esse filme rodou o mundo com toda essa qualidade. Mais uma vez parabéns ao Carlos Saldanha que nos encanta cada vez mais com tanto talento. 
Que venha o 3!