quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Um adeus ao meu casulo

Encontro-me em um momento um tanto confuso da vida. Não perguntem-me como me sinto porque sinceramente não saberia responder. É uma mistura tão sutil de medo e euforia que não sei designar os limites. A olho nú tudo se parece apenas um. Minha vontade e minha independência lado a lado, de mãos dadas, ameaçador não? Sim, medo. Medo é o que eu mais tenho tido nesses últimos dias.
Passei dezoito anos da minha vida certa do que eu sempre quis, e certa do que faria. Nunca tive medo de nada e agora, a uma semana da maior mudança da minha vida, aqui estou eu, encolhida como uma criança  que insiste no monstro do armário.
Muitos já me disseram que o medo é saudável, nos faz ter cautela em nossos atos mas, sinceramente, sufoca. O que eu mais queria nesse momento era ter a certeza, um mapa traçado e cautelosamente medido de cada passo que devo tomar. Mas, eu não tenho. Sou tão mortal e tão frágil quanto todos os outros que já passaram por isso e os que ainda estão por passar.
Queria poder levar tudo comigo, minhas cachorras, amigos e lembranças mas, infelizmente só se é permitido levar bens materiais. Os mais valiosos devem ficar.
Mas de uma coisa ao menos estou certa: nada me fará voltar atrás. Nenhum medo no mundo me fará voltar para o padrão que lutei tanto para sair. Nunca nem ao menos pensarei em voltar e disso sou agradecida. Sempre fui assim, o comum nunca me agradou.
Eu vou. Se vai dar tudo certo, ou se vou quebrar a cara eu não sei mas, afinal, Quem sabe?