sábado, 1 de dezembro de 2012

Sete mil e trezentos dias

Vinte vezes a mesma data. Vinte conjuntos de verões, outonos, invernos e vinte primaveras. Vinte vezes aquele dia exclusivo, único, o meu dia. Completar um ano de vida em qualquer ângulo é uma felicidade única, um tanto quanto silenciosa e de nada saltitante. Os anos passam e quanto mais o numeral aumenta, mais a cor desaparece. Trocamos os chapeuzinhos por copos de bebida, em todos os eventos paga-se um preço por crescer. De tudo que possa dar errado os aniversários continuam sendo de uma positividade irreconhecível. Há quem diga não gostar desta data mas é humanamente impossível. Talvez seja porque as pessoas não estão acostumadas a serem tão unicamente felizes em um dia. Data que ecoa e sempre começa bem antes do que o começo. As pessoas chegam e junto com a meia noite, quatro outras doses comemoraram com a minha. Talvez não fosse nem de longe a festa que eu gostaria de fazer e estar fazendo mas aprendi a dançar conforme a música. E apesar de tudo hoje, dia estonteantemente quente de novembro, é o meu aniversário. Podem existir por ai mais alguma centenas ou milhares de pessoas com os mesmo sentimentos e mesmo assim é o meu dia. Exclusivo enquanto meu, especial sendo meu. De todas as coisas que eu gostaria de ter e fazer nesse dia eu sempre ganho as mais necessárias. Pelo menos quatro eu tenho, tive e espero ter por muito tempo. Quatro motivos constantes de vida e memórias maravilhosas. Um quatro que nem multiplicado pelos meus vinte não seria tanto quanto é agora. E eu planejei tudo, mil coisas para se fazer, comer, beber e falar. Calculei cada para que cada segundo do dia fosse único. Não fiz nada. Troquei meu dia de festas por alguns pontos acadêmicos, um fichamento e uma resenha e, mesmo assim, meu dia não poderia ter sido mais agradável. Obrigada! Obrigada a vocês por todo esse ano, por esse dia, por tudo.