quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

E(n)d

E a saudade. Serena como sempre, porém totalmente diferente. Veio com muito mais força, como um touro que acaba de escapar. Não foi a mesma saudade, dessa vez veio dolorida, não como doce lembrança mas como uma vontade verdade de poder voltar e fazer tudo novamente. Uma simples foto e tudo me fez falta, falta de absolutamente tudo. Pareço não conseguir me lembrar do seu sorriso. Cheguei a um ponto que poderia trocar tudo por um simples abraço. Poder conversar o que fosse, ser compreendida. Antes de ser qualquer coisa era meu amigo, verdadeiro amigo. É uma falta que poucas pessoas saberão o quer realmente representa. Necessidade de compreensão, um afeto diferente, único. Foram tantas coisas que passamos juntos, tantas risadas e segredos e agora parece que nada é suficiente. Necessidade louca de virar as costas e voltar correndo, sem se importar com absolutamente nada. Ter você de volta, de uma forma ou outra. Não é estranho que faça quase um ano sequer te vejo sendo que à algum tempo atrás você foi tudo o que precisava. A vida prega peças, a saudade mais ainda. Você nunca sabe o que vai acontecer depois de uma crise dessas. Carência absurda e nem o telefone é capaz de preencher. Como eu queria realmente voltar atrás, ou quem sabe, trazer algumas coisas do passado para o presente. Entre todas elas a única que me importaria é você. Promessas de fazer tudo diferente não vão mudar nada mas, se puder, volte por favor. Talvez amanhã ou daqui a uns dez minutos, sequer me lembre de você, ou talvez outras coisas substituam como sempre acontece.  A saudade é sempre assim, vem, vai, some, sufoca. Mas se eu pudesse pelo menos acordar ao seu lado, então cada lágrima nostálgica que molhou o meu travesseiro nessa noite chuvosa e vazia teria pelo menos feito algum sentido. E a saudade. Sempre.