quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Promessas

Um ano novinho começou e como não poderia ser diferente, junto dele vieram um bom punhado de promessas. Temos essa pequena generosa necessidade, seja de prometer algo para os demais ou para nós mesmo. O simples nascer do sol representa à muitos a promessa de um dia melhor. Prometemos começar uma dieta nova na segunda, parar de beber aos fins de semana. Prometemos ser mais felizes, dever menos, comemorar mais. Prometem a nós que todos temos uma cara metade e um milhão de razões para continuar. Prometemos aos outros que nunca mais vamos errar e começamos já errando. Prometi que ia escrever mais e que não ia mais chorar, e aqui estou eu, quebrando comigo mesma. Depois de tanto tempo vagando cheguei a conclusão que talvez a promessa seja algo necessário, ou no mínimo se tornou necessário ao ser humano. Prometemos que vamos parar de beber logo depois de tomar um porre, talvez por necessidade de explicar a vida ou qualquer coisa em si. Prometemos que não vamos nos apaixonar novamente logo depois do primeiro tombo. Dizemos que vamos mudar logo depois da primeira briga. A promessa sempre vem depois do erro, talvez faça parte da rotina da vida. Aproveitar mais as férias e começar a acordar ao meio dia. Prometer não fazer mais promessas, até onde vai? De hoje até que eu quebre quero parar de prometer e ver se as coisas começam a acontecer meio que sozinhas, mais espontâneas e livres. Ser mais feliz talvez. Talvez precisássemos realmente disso. De um certeza incerta que nos dê todos os dias uma nova dose de esperança como algo que move a vida, com o simples propósito de nos manter em frente.