domingo, 4 de março de 2012

Dois mais um

Existia muito antes mesmo de existir ou se concretizar. Foi três antes de ser um, antes de ser até mesmo três. Estava aqui quando nem mesmo nós estávamos. Foi criado antes de que se possa imaginar. Era os três porquinhos, três mosqueteiros, três reis magos. A perfeição, perfeito imaginário de três lados, incomparável sentimento.  É mais do que se possa medir. Nem dois, nem quatro, apenas três. Toda a imensidão e a facilidade da vida vindo apenas de um abraço. É a trindade. O básico e único. É triangulo, círculo e quadrado. Amarelo, vermelho e azul. E a cidade é nossa, e podemos cantar quando quisermos. É carinho, amor, respeito, compreensão. É não conseguir ser um sem ser três. É passar a noite toda conversando, e sair na rua as cinco da manhã para ir na padaria e melhor que isso, se divertir por fazê-lo apenas estando reunidos. Imenso e irredutível, inigualável sensação. Não existem senhas ou se quer limites. É paz, fidelidade e alegria. São as brigas, os abraços, as mordidas e os puxões de orelha. Estar sempre por perto ainda que não visível. É confiança, além de qualquer outra coisa que possa ser. Sem razão, sentido, sem explicação. E todos os maços de cigarros do mundo irão terminar em três, pois não existirá como reduzir mais. Nada terminará com menos de três. Não existe eu sem vocês, assim como não existiria o três sem o um. E se for necessário separar que então seja pela morte, todo e qualquer restante seria insuportável. Sempre três e sempre nosso.