terça-feira, 13 de novembro de 2012

Luar

E talvez seja isso mesmo, um monte de nada. A felicidade é um estado de espírito completamente dependente de um auxiliar. É apenas um monte de momentos, eles sempre acabam. A tristeza não, essa sim é constante. Para de arder quando a felicidade chega e inunda os olhos mas não ela passa disso. Felicidade não dura sequer alguns dias, não há garantia de boas risadas. Não podemos esperar momentos que vão ser eternos, não podemos esperar exatamente nada. Essa insanidade completa, constante, não se controla na solidão. Tristeza e loucura, nada poderia ser tão perigosos. Insanidade, falta de plena noção. Você apenas quer ficar dançando e implora para que não desliguem a música mas o canto dos pássaros do amanhecer não aceita concorrência. E por mais que você queria algo, aquilo perde o sentido quando você percebe que é a única a acreditar nessa ideia. E então perde-se em pensamentos aleatórios que não fazem sentido algum. E virão músicas e outra latinha de cerveja, pesquisas inúteis, seriados e nada vai mudar. Continua a pedir por vida, gritar pra ser mais exata. A chuva pra fazer companhia e seu canto triste se une com o meu. Coisas que só acontecem na madrugada e pouquíssimas pessoas podem vivenciá-las. Eu quero o máximo que eu puder. Quero o néctar da flor mais alta, comer do fruto mais raro. Quero viver o que eu puder sempre que possível. Vou aonde for possível for a pé, e a partir dali voo, eu sei que certamente irei cair mas eu preciso tentar.