quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Codinome dinamite

À muitos e muitos dias que venho abrindo essa página sentindo que tem algo querendo escorrer pelos meus dedos e nada sai. Ficou aqui por horas, dias e hoje, com uma semana resolvi espremer pra ver o que vira. Não ando nada filosófica ou reflexiva, na verdade ultimamente sou a pessoa mais insuportável presente na face terrestre. Estresse, talvez seja isso. Ultimamente não ando querendo nada além de pegar aquele ônibus que atravessa a ponte e me leva pro meu ninho...
Estou fazendo o que posso e talvez isso seja o que mais me sufoca. Coisas médias nunca me fizeram bem. Meias palavras, metade amigos, umas companhias... ou é completo, ou não. Não me contento com um pouquinho, não acho saudável. 
O telefone não me basta mais, o blog me entedia e todas as folhas de sulfite não sorriem mais quando faço cócegas com os lápis de colorir. Nem meus rabiscos, chamados por terceiros de desenhos, andam me suprindo. Eu quero uma pouca dose de tudo, ou quem sabe, estou de saco cheio de tudo. Vontade de morder, gritar, de chorar até dormir. Saco completamente cheio, tão cheio que deixo-o explodir por estas palavras. Peço desculpas desde antes, antes de começar, de acontecer, perdoem-me. Tudo está correndo bem mas nada da maneira que eu planejei. Um pano fora do lugar já é motivo de morte e as horas parecem parar. Só mais vinte e nove dias, vinte e nove. Talvez não seja nada para quem já esperou cento e trinta e três... Tudo soa como falsidade e nem aquela festa pela qual você esperou o ano todo te anima. A vontade de jogar tudo na mala e dar meia volta começa a berrar mas...
Talvez o bom senso seja o maior culpado de tudo, não posso jogar tudo para o alto, o que conquistei até agora e o que ainda está por vir. Ninguém vê o sofrimento que foi e as noites sem dormir por trás das notas acima da média da turma. Parabéns, universidade pública. No edital do vestibular não tinha nada sobre saudades estremas ou uma vírgula se quer sobre todo o sofrimento que era morar sozinha. Falta dinheiro, paciência e carinho, tempo nunca tive. Não, não está bom ou pelo menos não é o suficiente. Eu só queria meia hora por mês pra deitar no chão verde e fresco da área pra deixar minha Luly dormir nas minhas costas ou acordar com a crise de hiperatividade da Luna. Eu só queria acordar um domingo no mês com a mesa cheia de rosquinhas da dona Catharina e ouvir a Júlia gritando da cozinha sobre algo que eu esqueci de fazer. Tio, manda alguém vir me buscar?
Mas é assim que a banda toca e assim que vai continuar sendo enquanto for suportável. Era assim que eu queria, e ainda é assim que eu quero que continue, não exatamente assim, mas se isso é o mais perto que posso chegar paciência. Nunca fui muito conformada com absolutamente nada.