segunda-feira, 31 de outubro de 2011

País das desmaravilhas

Ando ligando pouco para coisas que teoricamente deveriam valer muito. Levando a vida apenas por respirar e talvez isso seja o que mais me sufoca. O paradeiro de algo que nunca parou, ecoando em um vazio que sempre está cheio. E quanto mais se aproxima mais distante parece estar. Um passado não tão longínquo que não está a nada mais que cinco meses de distância, parecendo brotar de um sonho que nunca aconteceu. Caminhos mais fáceis talvez sejam os mais dolorosos e os realmente necessários talvez não sejam possíveis. Todos te dizem apenas calma mas, se isso bastasse os problemas da vida diminuiriam pela metade. Começar a dar valor em coisas que não valem nem um centavo, ou nenhuma lágrima que venha a cair. Sua estabilidade emocional é o verdadeiro premio aqui, e apenas quem se viu distante e de mão amarradas saberá do que estou falando. Só mais dez dias, é apenas isso que peço. E só rezo para que passem o mais depressa possível. Eu gostaria mesmo de melhorar e até minto com frequência para mim mesma dizendo que não é nada. Uma pena não venderem sorrisos em xarope ou quem sabe, carinho em comprimidos. Eu apenas desejaria nunca ter visto esse maldito coelho branco.