segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Não amo ninguém

De todas as explicações que eu não preciso dar talvez a principal delas seja esta. Alguns me questionaram sobre meu blog e sobre os textos que aqui publico. Pois bem, assim como me perguntaram "e essas coisas coisas que você escreve?" é exatamente essa a resposta que tenho: são as coisas que eu escrevo. Não vou mentir dizendo que é tudo balela pois, de uma forma ou de outra, todos os textos saem das minhas mãos mas, não é devido a isso que todos eles são desabafos. Eu escrevo o que eu sinto e não é porque eu conto sobre um amor que estou amando. Apenas conto as histórias que chegam a mim e infelizmente não sou a protagonista de todas elas. Apenas me ocupo de dar vida e sentido as palavras, deixar que os dedos falem. Gosto muito de uma frase da minha Lispector que dizia: "a palavra é o meu domínio sobre o mundo". Pois bem, é exatamente isso. Cada uma dessas linhas tortas que aqui ficam não possuem nenhum contexto certo, são apenas resultado da minha maneira de lidar com as coisas. Eu gosto de observar as pessoas ao meu redor e imaginar como cada uma delas seria feliz, e é assim que muitos dos meus contos nascem. Não que eu precise me explicar pra ninguém, mas é que assim como todas as outras palavras, essas me sufocaram. Eu não escrevo pra pedir socorro, escrevo para me socorrer. Não recebo rosas uma vez ao mês, seja lá a quem interessar. E que fique claro que eu também não estou a procura de absolutamente nada. Aprendi também que procurar, seja lá o que for, é sempre perca de tempo afinal de algum jeito tudo o que for seu consegue te encontrar. Não que eu me importe com algo, mas é que eu me preocupei em me cercar de amor e é por isso que falo tanto nele. 
Obrigada, de nada.