sábado, 13 de novembro de 2010

A magia não está somente nas varinhas

Está por toda parte. Nos cercando e fazendo parte de nossos dias, fãs e aspirantes a fãs por quase dez anos. Tenho tanto orgulho de fazer parte dessa geração. A geração Harry Potter. 
Achei que tinha acabado, juro que achei que estava livre desse vício mas, é bem mais forte que eu e percebi isso quando me deparei à trinta dias da estréia da primeira parte do ultimo filme. Sem dúvidas uma ideia sufocante e desesperadora. Como assim ultimo? O que será de nós que crescemos com Ron, Hermione e Harry? Infelizmente nada é eterno, e isso é mais uma prova disso. 
Se não fosse a angústia de ser o último filme, talvez ainda estivesse tudo a mesma coisa. O desespero por ingressos, a fila, a emoção ao ver o filme rodar… Quem é fã sabe do que estou falando. Não podemos deixar afogar em mágoas, temos que agradecer por tudo que Joane Kathleen fez por nós, e por toda a nossa geração. Tudo que nos ensinou e compartilhou conosco. Absolutamente tudo que fez por todos nós. Tenho tanto a agradecer que me faltam palavras. Não há como descrever um sentimento tão puro quanto esse. Seria gratidão?
A intensidade a qual esperamos cada lançamento de livro, cada estréia, cada tradução foi sempre a mesma, e sem dúvidas continuará a mesma sempre afinal enquanto houver fãs, Harry estará vivo e vitorioso como sempre.
Choro. Chora-se tanto nessas ocasiões não? Medo, de ficar sem ingressos, de perder, de não ter tempo de chegar, medo de tanta coisa. Tristeza, li cinco vezes o ultimo livro e não me conformo até agora com a perca (em geral).
É tudo tão real e tão fictício ao mesmo tempo. Magia, pura magia.
Passei meus onze anos esperando minha carta de Hogwarts mas, Dumbledore deve ter entregado-a a coruja errada. Era tudo tão artificial e tão agradável. A única coisa que espero é que eu possa partilhar um pouco de tudo isso para meus filhos e talvez até netos, seria muito egoísta em não os apresentar ao maior fenômeno de Literatura Juvenil de todos os tempos. Seria muita injustiça não lhes ensinar a serem espertos como Ron, inteligentes como Hermione e corajosos como Harry, nosso Harry.
Despedir-me de tudo isso, seria como arrancar um braço. Não posso fazer isto, não tenho tanta capacidade. Prefiro deixar tudo quieto como se continuasse para sempre, como vai continuar em mim. Tanto o trio, como todos os outros, até mesmo o Dobby são e serão sempre eternos, não importa como. Harry cresceu comigo e morrerá comigo.